A Bola

Simone sempre teve o esporte presente na sua vida. Aos 16 anos, quando se mudou da Bahia para Santos (SP), ela se dedicou ao basquete e à carreira de professora de Educação Física. Logo despontou como atleta em clubes paulistanos, como o São Caetano do Sul, formando a base do time ao lado de Norminha, Rosália e Delci. Ela foi convocada duas vezes para a Seleção Brasileira de Basquetebol Feminino, mas duas entorses a impediram de jogar. Na primeira, foi cortada antes do embarque e na segunda, durante o Campeonato Mundial de Basquetebol Feminino de 1971, ficou no banco de reservas, o que fez a Cigarra abrir mão da carreira.

Ela desistiu profissionalmente das quadras, mas até hoje é uma grande incentivadora do esporte, principalmente o feminino e sabe que seu legado como pioneira no basquete é importante. Por isso mesmo ela abraçou a campanha “Uma Menina, uma Bola, um Sonho”, do Grupo Mulheres do Brasil, que dá oportunidade de empoderar as meninas através do basquete, fazendo com que elas tenham empatia e sororidade, criando uma geração de mulheres fortes e realizadoras.

“Sempre fui ligada ao esporte. Desde muito pequena era levada por meu pai a estádios de futebol. Jogava com ele na praia e na rua com outras crianças. Sempre andei de bicicleta e de patins, fiz natação, joguei tênis de mesa, bola de meia. Não me lembro de nenhuma brincadeira de minha infância que não estivesse associada ao esporte”, recorda.

“Minha casa era cheia de amor, esporte e liberdade. Quando eu tinha uns 7 ou 8 anos, eu tive a primeira experiência em uma competição com prêmios para primeiro, segundo e terceiro lugares. Era uma competição de velocípedes, organizada pelo Clube Carnavalesco Fantoches do Euterpe, de onde meu avô era contador. Tínhamos até números presos nas camisas e o meu foi 165. Ganhei o primeiro lugar e estava ansiosa para ver meu prêmio. Fomos até o clube e ganhei dois presentes. Quando abri o primeiro, era uma cozinha e outro uma caixa com produtos achocolatados. E não queria a cozinha. Tudo o que eu queria era uma bola. Mas depois, a vida me deu uma. E estou realizando meus sonhos. Eu fui essa menina, eu sou esta menina”, explica a Cigarra, lisonjeada com o convite do Grupo Mulheres do Brasil para ser madrinha da campanha do Comitê do Esporte (CE).

A ideia de fomentar a consciência dos benefícios da prática esportiva na educação da mulher foi de Patrícia Medrado, e teve sua primeira edição em outubro de 2020.

No ano de 2021, com a madrinha Simone à frente, as ações que celebram o mês das crianças e, especialmente, o Dia Internacional da Menina – comemorado no dia 11 – promovem a prática esportiva entre meninas em idade escolar. Portanto, dê para a sua menina uma bola.

O mundo esportivo educa e incentiva e através desses ensinamentos, as meninas podem formar seu futuro em uma sociedade mais igualitária entre homens e mulheres. Essa é a proposta da campanha, com a qual Simone se identifica totalmente. A bola foi apenas um elemento utilizado para simbolizar a prática esportiva, mas o projeto vai muito além e envolve diversas modalidades, como atletismo, lutas, esportes aquáticos, radicais, ginástica, entre outras.

De acordo com estudo publicado em 2019 pela Organização Mundial da Saúde, mais de 80% dos adolescentes em idade escolar no mundo inteiro não cumprem a recomendação de 1 hora de atividade física por dia. Dentro desse percentual, 85% é formado por meninas. E vamos colocá-las para se movimentarem!

Várias ações decolarão diretamente do site Grupo Mulheres do Brasil fique de olho, participe, torne-se parte e depois associe-se ao Comitê Esporte. Uma mais uma é sempre mais que duas.

Esta página é também um espaço pra receber projetos, ideias e e-mail de pessoas que querem se conectar com as ações do Comitê Esporte do grupo Mulheres do Brasil.

Entre em contato com a madrinha dessa ação com suas sugestões através do e-mail abola@simone.art.br.